Acordei com o teu telemóvel a
tocar. Sete da manhã: eu, tu e uma vontade enorme de ficar ali, aninhada, nos
teus braços. Precisamos de tão pouco para ser felizes. Cama, comida e roupa
lavada - redutor para uns, felicidade usurpada para outros. Talvez, por
influências lagóias, tenha a preguiça como pecado-capital; segue-se (sem
dúvida) a gula. Dizia meu avô que “quem não é para comer, não é para
trabalhar”, adágio antigo mas sempre atual. Tenho saudades do meu avô. Tenho
saudades da minha avó e das fatias douradas que fazia, que acompanhadas com
café, faziam por si a delícia e o conforto dos dias de chuva.

Sem comentários:
Enviar um comentário